sábado, 23 de janeiro de 2016

O amanhecer para uma vida.



Estava nas noites sozinho, nas ruas do bairro sempre buscando,
Cachaça, cerveja, ou vinho, algo para mente, tempo perdido vagando,
Desorientado, sem rumo, sem prumo, esperando, mas o dia nunca chegava.
Passava se uma noite, e na noite eu sempre estava.
Pensava na minha vida, no estado da minha situação,
Sem mãe, sem pai, sem amigos, sem nem ao menos um truta irmão.
Onde eu estava, como foi, e porque comecei,
Em que eu pensava, qual foi o dia a hora, a causa e porque que eu entrei.
Não podia entender, talvez nem queria saber, ou para mim no momento nem teria explicação,
Vida loca de caos, pobre, miserável, vira lata sem dono, detestável ladrão.
Ninguém me levou, fui sozinho, influencia desejo, sempre queria parar,
Aquilo era bom, mal caminho, não tinha força sabia que ele iria me matar.
Pensava sim em família, trabalhar, e viver de verdade,
Bem pouco tempo sentia, o prazer alegria, depois chorar, a minha realidade.
Mas de morrer eu tinha medo, talvez ainda era cedo, mesmo sabendo que esse era meu fim,
Sem expectativa de vida, sem objetivo, estratégia, saída, sem ajuda, tudo bem, tanto fazia isso para mim.
Eu só era mais um, drogado, largado, discriminado, escoria da sociedade, estatística da coletividade em meio o cinismo,
Sociedade aliais, definição que me traz, uma mentira, de colaboração mutua onde todos vivem no egoísmo.
Sem família sem amigos, sem ajuda, sem Deus; sem esperança, sem destino, tudo escuro só um breu.
 Família eu sei que não existe, ajuda, amigo se existe, e nunca encontrei,
Ó Deus, se Senhor existe, me perdoa, pois, foi contra ti que eu pequei.
Mas pensava nisso tudo, e mesmo assim não me livrei,
A cocaína era meu mundo, daquela vida que levei.
Das bebidas nem se fala, das vergonhas, frustrações, dessabores, desamores, sem contar decepções,
Fui covarde, fui um fraco, mas o tempo me mostrou,
Hoje enxergo além da vida, dessa vida que eu sou.
Já não ando mais a noite, pois o dia amanheceu,
 A minha vida tem um rumo, aplumada na verdade, foi isso que me converteu.
Luz dos homens luz do mundo, muitos ainda não aceitam,
E preferem as densas trevas e as paixões que se deleitam.
Não sabendo aproveitar, a liberdade concebida,
 No bom senso sensatez, e os limites dessa vida.
Discernindo o bem e o mal, o sagrado e o profano,
Não deixando se levar, por conversas de engano,
Por religião, ou pelos vícios, pelo sexo ou por dinheiro,
Pelo ego, das vaidades, desse mundo traiçoeiro.
É nesse mundo que nasci, e nele tenho uma missão,
A humanidade, é para mim, o ponto chave da razão.
O princípio e o fim, para esse tempo passageiro,
Dessa vida nós levamos, a vida eterna como herdeiros.
Na lógica, o Verbo é o tudo, e o que é, é o que era, e para sempre Ele será,
É o primeiro e o derradeiro, é aquele, que vem, nos buscar.

Jesus Cristo.

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