quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Porventura sou eu, Mestre?

Rejeitando a Graça


Qual será o final, de tudo isso que faço?
Será bem ou será mal, continuar nesse embaraço?
Sou assim e eu bem sei que nada faço de correto;
De vantagens e mentiras querendo sempre ser esperto.
Fui chamado, sou um líder, e professo a fé em Cristo.
Mas não sigo seus preceitos, e nem com os homens, compromisso.
Prego contra os fariseus, religiosos e legalistas,
Adultério, contra o roubo, imoralidade e injustiça,
De tudo isso sei uma coisa, que eu também sou desse jeito.
O poder já me cegou, não consigo ser perfeito.
Olho bem para as pessoas, que estão sempre do meu lado,
Interesseiros, e falsários, hipocrisia, tudo errado.
Sou assim e reconheço, a verdade está longe de mim,
Das igrejas,  sociedade a decadência, é o fim.
O final já está escrito, como Judas exortou.
Eternas trevas reservadas, a consciência me falou.
Arrepender diante os outros, é provar que sou errado,
Minha doutrina eu mesmo faço, adequando-a no pecado.
“Sou discípulo de Jesus”, mas ignorei a humildade,
O perdão, o amor, até a cruz, sou fariseu da atualidade.
A igreja é meu negócio, 30 moedas não são nada,
Hoje eu tenho vários sócios, e o diabo na jogada.
Fale bem ou fale mal, o importante é posição,
Tenho título, sou pastor, e em suas cabeças imponho as mãos.
Já consagrei muitos obreiros, ofertas, dízimos vou contar,
O meu reino é agora, o meu galardão aqui está.
tenho políticos aliados, em troca disso influencia,
Minhas ovelhas são fiéis, sempre me devem obediência,
As rebeldes já se foram, não me importo vou lucrar,
Quem acredita na verdade? Esse a prova vai passar.


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